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Foto do escritorAnderson Vasconcelos

Quanto custa viajar para a ilha de Fernando de Noronha?

Gastos variam a depender da quantidade de dias no destino e estilo de viagem do visitante


Um dos destinos mais desejados do Brasil, o arquipélago de Fernando de Noronha, pertencente a Pernambuco, tem o combo perfeito para gozar merecidos dias de descanso ou celebrar a vida: praias paradisíacas, vistas de tirar o fôlego e natureza preservada. Conhecer esse “paraíso”, localizado no oceano Atlântico, a aproximadamente 350 km da costa nordeste brasileira, é um sonho possível de realizar, se você planejar.


Foi o destino que escolhemos para festejar o aniversário do Maik, realizar o sonho dele e, consequentemente, nos jogarmos nessa experiência incrível, gestada dois anos antes, quando perguntei a ele onde gostaria de comemorar as quatro décadas de vida. Não fiquei surpreso com a resposta e logo comecei a pesquisar (dica nº 1 aqui, ó!) sobre os custos com o tripé que compõe qualquer viagem: transporte, hospedagem e alimentação. Com base nessas informações foi fácil definir o que fazer na ilha!



Distante cerca de 360 km de Natal e 545 km de Recife, a ilha é acessível somente por voo a partir dessas duas capitais nordestinas (Fortaleza terá voo direto ao destino a partir de julho deste ano, com a VoePass). Saindo da capital potiguar ou pernambucana, a passagem custa cerca de R$1.200/pessoa, ida e volta. Dá para encontrar mais em conta? Claro! No nosso caso, investimos muito pouco para chegar ao destino. Emiti os voos com milhas TudoAzul, o programa da Azul Linhas Aéreas, a partir da capital pernambucana (pouco menos de 18.000 milhas/ida e volta/pessoa), pagando apenas as taxas de embarque (R$ 254,43) para nós três (claro que o Zezé não ia perder essa, né?).

De Manaus (meu ciúme! rsrs) até Noronha, o custo é bem mais alto (cerca de R$ 2.500/pessoa/ida e volta). Também emitimos o trecho Manaus-Recife com milhas (51.000 milhas/ida e volta/pessoa), gastando apenas R$ 250,20 de taxa de embarque com as três passagens. Ou seja, da capital amazonense até Noronha paguei apenas a taxa de embarque dos voos (pouco mais de R$ 500) para emitir as seis passagens: um achado! O custo baixíssimo com o transporte aéreo, que costuma ser um dos maiores gastos até o destino, nos permitiu investir mais nas experiências.


Acomodação


Com as passagens compradas, iniciamos a busca pela acomodação. O custo com esse item depende essencialmente do seu estilo de viagem e vou contar pra vocês: apesar de ser uma ilha pequena, Noronha tem pra todos os gostos e bolsos. De acomodação em hostel, a partir de R$ 275/diária, a pousadas de luxo, onde a hospedagem pode sair por mais de R$ 3.000/diária, para um casal.


Como queríamos estar bem localizados, próximos de comércio e serviços essenciais, e ficar mais à vontade durante a estadia, optamos pelo Flat Siriguela (R$ 410/diária) - que recomendamos demais! Fica entre a Vila dos Remédios e a Vila Boldró, próximo a BR que corta a ilha e tem por perto farmácia, padaria, supermercado e unidade de saúde. A acomodação é bem aconchegante, tem boa infraestrutura e uma cozinha equipada, caso precise preparar alguma refeição - o que foi decisivo para a nossa escolha.



Alimentação


Lembra de um dos motivos que influenciou a escolha da acomodação? Pois é. Com a possibilidade de poder preparar algumas refeições no Flat, uma das nossas primeiras providências, ao chegar à ilha, foi fazer compras em um espaço próximo à hospedagem. Desembarcamos pouco antes das 11h, de uma segunda-feira, seguimos para a acomodação com o transfer da Primeiríssima (que também oferece vários passeios na ilha), num serviço gratuito disponibilizado pelo Flat, e de lá, rapidinho, passamos no mercado.


Pães, frios, manteiga, azeite, alguns temperos, massa, proteína, sucos e garrafas de água para uma semana (aproximadamente R$ 600). Ah, nessa lista entrou cerveja também (foi impossível deixar fora das comemorações! rsrs). Quase todos os dias compramos - curiosidade aqui pra vocês! - também um garrafão de 5 litros de água (entre R$ 28 e R$ 32), essencial para hidratação ao longo do dia. A ilha é bem distante do continente, a logística para entrega de insumos e alimentos no arquipélago é custosa e, por óbvio, os preços praticados no mercado local são maiores que os dos grandes centros urbanos.


Apesar do fortúnio de ter um #masterchef por perto, o “diamante da temporada” (ops, aniversariante!), também programamos conhecer a cozinha de Noronha e pratos tradicionais, experimentando as diferentes ofertas da ilha (os detalhes ficarão para outro texto). Conhecemos o ambiente rústico e os pratos sofisticados (de comer já “com os olhos”!) do restaurante Cacimba e o badalado restaurante Xica da Silva e seu menu diversificado (ambos a la carte); a saborosa comida do Tempero da Mãezinha (a quilo); uma pizza margherita, a minha preferida, no La Bella Noronha; e deliciosos sanduíches artesanais na Burgueria Noronha.


Taxas

Além dos valores com esses três quesitos essenciais, há um custo obrigatório na ilha. Para visitar o arquipélago é necessário pagar uma taxa diária de permanência (R$ 92,89/dia - valor de 2023), cobrada por ocasião do desembarque naquele território distrital. Para agilizar o processo, pagamos a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) pela internet, valor que também pode ser restituído caso o visitante não compareça à ilha ou fique menos dias que o período informado. Caso prefira, logo na entrada da área de desembarque há um guichê para o pagamento da taxa, onde comumente se forma uma fila. Com o adiantamento pela internet, evitamos essa etapa e fomos os primeiros, daquele voo, a deixar o aeroporto. Pelos 7 dias na ilha, desembolsamos R$ 590,81/pessoa.


É importante que você saiba que Fernando de Noronha é basicamente dividida em duas unidades de conservação: 30% da ilha constitui a Área de Proteção Ambiental (APA) e é onde estão a única rodovia do arquipélago, o aeroporto, a pequena área urbana com toda infraestrutura de comércio, serviços, rede de hospedagem e equipamentos públicos essenciais. Com o pagamento da TPA, o visitante pode circular pelos atrativos da APA.


A maior porção do Arquipélago integra o Parque Nacional Marinho (Panamar), área de proteção integral aos ecossistemas marinhos, cujo acesso é liberado a partir do pagamento de ingresso (R$ 179/brasileiro, maior de 12 anos e menor de 60 anos), válido por 10 dias. É possível também comprar pela internet e acessar as áreas do Parque com o QR code gerado após a aquisição. Foi o que fizemos! Se preferir, pode realizar a compra na bilheteria do Centro de Visitantes do Boldró (das 8h às 19h), onde também pode retirar sua carteira de visitante, caso tenha feito a compra pela internet e não queira depender do QR code (vai que o celular descarrega, né?) para acessar os atrativos.



Diferente da primeira, essa taxa não é obrigatória. Mas, sem ela você deixa de acessar os principais atrativos da ilha, na minha opinião, como a Praia do Sancho, eleita por 6 vezes a mais bonita do mundo, em ranking da TripAdvisor. É no Panamar que estão também a Baía dos Porcos, a Praia do Sueste, o Mirante dos Golfinhos e várias trilhas da ilha que levam a piscinas naturais, as quais exigem inclusive agendamento para visitação, pois são sensíveis para a vida marinha. Impossível deixar de fora, hein?


Pra resumir os custos essenciais/obrigatórios para o nosso período de sete dias na ilha:

ITEM

VALOR/pessoa*

Voo (Manaus - Recife - Noronha)

R$ 168

Hospedagem

R$ 950

Alimentação

R$ 217

Refeição

R$ 500

TPA (taxa obrigatória)

R$ 591

Ingresso Panamar (opcional)

R$ 179

TOTAL

R$ 2.605

* Valores de maio/2023, para um adulto.


Não estão incluídos nestes valores os custos com deslocamento na ilha principal, o que vai variar de acordo com a localização da sua acomodação e a distância dela até os atrativos, nem os passeios disponíveis no arquipélago, pois isso depende, como disse lá no início, do seu estilo de viagem, preferências e o que pretende fazer para se “jogar” na vibe desse paraíso! Tivemos dias incríveis em Noronha e pretendemos voltar.


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