O que fazer em Teresina em dois dias: de passeio a esporte radical
- Anderson Vasconcelos
- 5 de jun. de 2024
- 4 min de leitura
Que tal incluir um pouco de adrenalina no seu roteiro pelo centro da capital piauiense?

Depois de anos viajando pelo Nordeste brasileiro, finalmente conhecemos o Piauí. O Parque Nacional Serra da Capivara e o Delta do Parnaíba estavam na nossa lista de desejos há algum tempo e só este ano foi possível conhecer esses dois atrativos turísticos, a partir de Teresina, cidade que serviu de base para o nosso roteiro de ponta-a-ponta pelo Estado. Sem perder de vista a nossa programação pelos extremos do Piauí, aproveitamos para curtir as delícias da capital.
Uma delas já se aprecia do alto. À medida que a aeronave se aproxima da cidade e se prepara o pouso, o Rio Parnaíba exibe toda a sua beleza, margeando a zona urbana da capital, possível de ver, ainda durante o voo, na porção mais central da cidade. Esse foi o primeiro impacto pra gente, já que, nos dias seguintes, navegaríamos por ele, no trecho mais próximo à foz.

É, às margens dele, que indicamos um programa imperdível, na zona norte da capital: apreciar o pôr do sol no Parque Ambiental Encontro dos Rios, onde as águas do Parnaíba encontram as do Rio Poti, outro curso d’água que corta a região mais central da cidade, e se unem para encontrar, mais de 300 km depois, as águas do Atlântico. A vista ao fim do dia, naquele atrativo natural, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, é incrível.
Na entrada do parque, há o monumento ‘Cabeça de Cuia’, em homenagem ao famoso personagem do folclore local. No local, também há quiosques com foco na venda de artesanato e peças do polo de cerâmica do município, além de exposições periódicas. Uma ótima maneira de curtir o resto do dia ou o cair da noite (leve repelente!) é aproveitar o Flutuante, restaurante sobre o Rio Poti, bem pertinho do encontro dos rios, de onde você pode curtir o visual, enquanto saboreia pratos da região. Vale a visita e a experiência! Por um instante nos sentimos em casa, já que em Manaus há dezenas de restaurantes como esse, para onde os locais costumam escapar, principalmente, aos fins de semana.
Outro atrativo da cidade, também às margens do rio, nesse caso o Poti, é o Complexo Turístico da Ponte Estaiada, na região central da cidade, próximo aos shoppings da capital. A estrutura da ponte está cravada em uma região rodeada de verde e que convida para uma volta, sem pressa. Depois de passear pela área e fazer uns cliques num letreiro em homenagem à cidade, curtimos o fim da tarde em um quiosque, apreciando uma água de coco bem gelaaaada, alguns doces e o vaivém de pessoas exercitando-se na pista bem em frente.
Infelizmente não conseguimos visitar o Mirante da Ponte Estaiada, que entrega um dos melhores ‘visus’ de Teresina, com direito a um 360º da cidade. Batemos lá em duas oportunidades: num sábado à tarde, na chegada ao destino, e numa terça pela manhã, antes de embarcar de volta, sem sucesso. O atrativo não estava funcionando. Em uma postagem no perfil oficial da prefeitura de Teresina, há uma enxurrada de críticas em relação ao mau funcionamento do elevador que leva ao mirante. Estou aguardando ainda informações oficiais.
Durante o nosso giro pelo complexo, chamou nossa atenção um grito ecoando ao longe. Chegando mais próximo do Rio Poti, para a nossa surpresa, uma atividade imperdível para quem curte esportes radicais: salto de pêndulo da ponte estaiada. Adrenalina pura, hein?! Pena que não havia tempo hábil para cair, literalmente, naquela emoção e nem dava mais pra incluir na programação já fechada para aqueles dias. O ‘rope jump’ ocorre geralmente aos sábados, das 16h às 18h, com a @triphorizontevertical (R$ 60/pessoa). Quem sabe na próxima visita?! A gente pretende voltar…
ANOTE AÍ!
Quando ir: Teresina tem altas temperaturas (chegou a fazer 40,2º C em setembro de 2023, mas média anual é de 27,5º C), mas nada a que um manauara não esteja acostumado (risos). Viajamos ao Piauí no ápice da estação chuvosa (com 370 mm de precipitação), no mês de março. Tivemos muita sorte porque pegamos, no máximo, um ou dois dias nublados e quando choveu não atrapalhou em nada nossa programação. A estação chuvosa vai de fevereiro a maio. Se quiser fugir desses dias, prefira a estação seca, que se estende de junho a dezembro. Entre agosto e novembro é mais difícil chover.
Como chegar:
Voamos até o destino com a Azul, a partir de Manaus, com uma conexão em Recife. Honestamente, não repetiria esse trajeto, que levou quase 12h, considerando o tempo de espera na capital pernambucana. Só depois de ter comprado as passagens (com milhas!) percebi que poderia ter escolhido um voo com conexão em Belém, o que diminuiria muito o nosso tempo até o destino.
- Aéreo até Teresina (ida e volta) saindo de: Manaus (R$ 1.200/Azul), Brasília (R$ 1.000/Gol) e São Paulo (R$ 840/Latam)
- Ônibus até Teresina (só um trecho) saindo de: Belém (R$ 245/leito com Real Maia) e Fortaleza (R$ 162/convencional com Guanabara).
Como circular:
Alguns dos principais atrativos da capital piauiense estão na área central da cidade, cortada pelos rios Parnaíba e Poti. No deslocamento entre eles, preferimos usar as corridas de aplicativo de mobilidade urbana. Não tivemos qualquer problema e foi bem fácil de pegar. Se você dedicar mais tempo a circular pelos atrativos mais distantes da zona central, prefira alugar um veículo.
Onde ficar:
- Portofino Hotel Prime: R$ 230/diária (triplo com café da manhã)
-OYO Real Palace Hotel: R$ 150/diária (duplo com café da manhã)
- Rede Andrade Luxor: R$ 177/diária (duplo com café da manhã)
* Imagens: Anderson Vasconcelos e Maik Rodrigues.