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Foto do escritorAnderson Vasconcelos

Circuito histórico-cultural em Noronha preserva memória da ilha

Reserve um dia para fazer um tour pela Vila dos Remédios e conhecer mais sobre o destino.


Um dos destinos mais desejados do Brasil, o arquipélago de Fernando de Noronha, formado por 21 ilhas e ilhotas de origem vulcânica, é muito mais que um lugar cheio de cenários de tirar o fôlego, em tons verdes e azuis. Esse paraíso, localizado no oceano Atlântico, a aproximadamente 350 km da costa nordeste brasileira, também é repleto de história. Em sua visita à principal ilha, reserve um dia para fazer o “circuito histórico-cultural” e conhecer um pouco mais sobre o destino.


Foi o que fizemos em nossa 1ª passagem pelo destino (sim, pretendemos voltar!). Após uma manhã conhecendo as piscinas naturais mais famosas do arquipélago, dedicamos a programação para conhecer a história da ilha. Depois do almoço, seguimos para o centrinho da Vila dos Remédios, para explorar os atrativos do primeiro núcleo habitado da ilha, num percurso onde estão as principais construções históricas do arquipélago, com igrejas, ruínas, casarões e um forte, uma espécie de museu a céu aberto. Há muitas imagens preciosas sobre a formação do vilarejo em um perfil no IG dedicado à história do arquipélago.



Construído em 1947, o Palácio São Miguel, sede administrativa da ilha, é um casarão de 550 m² em estilo colonial edificado sobre as ruínas da antiga diretoria de um presídio. O edifício e os canhões têm vista para a Praça de Armas, cheia de paralelepípedo que se inclina em direção ao oceano. No espaço estão telas do pintor pernambucano Wash Rodrigues e um vitral com a imagem do arcanjo São Miguel, em tamanho natural, feito pela vitralista Aurora Lima, discípula do artista alemão Henri Moser.


Pertinho do Palácio, a pouco mais de 100 metros de distância está a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, cuja construção começou em 1737 e foi concluída 35 anos depois, em 1772. Foi tombada dois séculos depois do início da construção, passando a ser parte do patrimônio histórico e artístico nacional. Em 2017, o Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, criou oficialmente a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha, passando o templo a ser a Igreja Matriz. Visitamos o templo, marcado por sinais do tempo.



A poucos passos está o Memorial Noronhense, espaço onde se pode conhecer um pouco mais da história da ilha, a partir de documentos, imagens e fatos curiosos, num resgate feito pela historiadora Marieta Borges, que empresta o nome ao equipamento cultural, o qual já serviu como alojamento de soldados, depósitos de mantimentos, residência e até terminal turístico. Conhecemos apenas a área externa. Como fomos num sábado, o atrativo estava fechado.


A cereja do bolo é o Forte Nossa Senhora dos Remédios (R$ 30, a partir de 12 anos; todos os dias, das 10h às 22h), construído em 1737. Localizado numa posição estratégica, a 45 metros acima do nível do mar, numa área de 6 mil m², o atrativo garante uma das vistas mais privilegiadas da ilha: à direita, o porto da ilha; à esquerda, as praias do Cachorro, do Meio e da Conceição, com o Morro do Pico ao fundo - paisagem digna de cartão-postal. No local há um museu interativo, outro a céu aberto, uma capela e um restaurante que oferece uma excelente experiência. A fortaleza entrega visuais de tirar o fôlego de qualquer ângulo. Mas o ponto alto é mesmo apreciar, de lá, o pôr–do-sol, um dos mais bonitos da ilha e uma ótima maneira de encerrar o dia.



Aproveitamos demais a pintura que é o entardecer visto daquele ângulo. A vibe estava super boa, com a dj tocando um set list animado. Pra completar aquela energia, conhecemos um casal (ele de Recife, ela de Belém) que estava, naquele dia, comemorando 50 anos de relação. Escolheram Noronha por razões óbvias! Foram super simpáticos conosco e compartilharam boas vibrações com nossa família, que também tinha razões de sobra para festejar aquela semana na ilha. Um bom presságio, hein?




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